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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Saravá Xangô!!!

   Resultado de imagem para xango na umbanda são joão batista
      Xangô é o Orixá da sabedoria e da justiça, é o responsável pela solução das pendências e das injustiças dentro do merecimento de cada um, simbolizando a lei de causa e efeito. 

         No sincretismo os africanos o ligaram a São João Batista a São Pedro e a São Jerônimo. Conforme a região do Brasil, Xangô é sincretizado a um destes três, em algumas regiões, como o Rio de Janeiro, a dois simultaneamente (São João Batista comemorado a 24 de junho e São Jerônimo comemorado a 30 de setembro).

         Seu dia na semana é a quarta feira sua cor na Umbanda é o marrom.

      Recorrem a Xangô todos os injustiçados, perseguidos espiritual e materialmente. Seus são as pedreiras e as cachoeiras. De Xangô emanam forças poderosíssimas, é a Ele que recorremos quando necessitamos de ajuda nos processos que demandem muita energia, nas demandas espirituais, nos processos judiciais, enfim, todos os assuntos ligados à lei e a justiça.

         Lembrando, sempre o que nos é concedido se dá pelo nosso merecimento, como consequências de nossas atitudes. Não há como esperar que a vibração de Xangô esteja a nosso favor, quando somos nós mesmos que estamos no lado errado da Justiça Divina. Portando meu irmão Orai e Vigiai e permanecei sempre dentro da Lei de Nosso Pai Maior assim como nosso Mestre Jesus nos ensina, e então Xangô, assim como todos as vibrações dos Orixás da Umbanda Sagrada, estarão com você.

         Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda, pois assim age a Lei Divina.

Kâo Cabecile Pai Xangô!
Saravá Nossa Umbanda Sagrada!

Saravá Nosso Mestre Jesus Cristo!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Em face a tantos conflitos...

Em face a tantos conflitos...
Paraguaçú, um Caboclo em Terras brasileiras.
Médium Mãe Luzia Nascimento
Em, 25 de abril de 2008.

            Em face à tantos conceitos cósmicos e questões que se reportam aos conhecimentos helênicos e transcendentais, a de se observar um largo distanciamento do umbandista do que seja a essência da Umbanda, Religião abraçada por muitos, porém, pouco vivenciada pela grande maioria dos que Dela participam.

            Viver a Umbanda não é dar-lhe nomes cabalísticos com a finalidade e preocupação precípua de demonstrar-lhe sua área de atuação;
            Viver a Umbanda não é direciona-la aos que possuem inteligências notáveis, apresentando-a em pontos e contrapontos tão somente para as mentes brilhantes.
            Viver a Umbanda não é limita-la a tal ou qual escola porque nenhuma Delas é dona da Umbanda.
           
            Umbanda: “manifestação do Espírito para a caridade!”
            A de ser reconhecer que quando os filhos dessa Banda lhe nomeiam, direcionam a uma minoria como sendo os eleitos para assimilação da verdade oua limitam, estão forçosamente fazendo um caminho inverso do que seja o exercício da caridade.

            A Umbanda é grandiosa! Tão grandiosa que esconde sua verdadeira face nas formas fluídicas escolhida pelos seus trabalhadores espirituais que se apresentam nos terreiros como Caboclos, Pais Velhos, Ibeijadas e Exus.
            A Umbanda é ampla por agregar em si espíritos de todas as nacionalidades que se amoldam perfeitamente ao seu triângulo de sustentação.
            A Umbanda é rica! Não por alguns templos suntuosos que a projetam, mas, sim, pela simplicidade que fala aos corações sofridos!
            A Umbanda é humildade pela palavra consoladora e de fácil entendimento para os que a ouvem com a ausculta astral!
            A Umbanda é caridade pela extensão dessa palavra que caminha ladeada ao amor!
            A Umbanda é energia em pleno movimento! Em plena extensão!
           
            Expandam vossas mentes!
            Calem vossas intolerâncias, as vossas indiferenças!
            Sensibilizem vossos corações! Pois, só assim valerá a pena estar na Umbanda. Ser umbandista! Até porque fora disso não resultará em nada os filhos terem visto a Luz de Oxalá e permanecerem cegos.

            Umbanda é trabalho!
            Então meus filhos! Trabalhem pelo vosso próximo! Trabalhem por vocês! Trabalhem pelo hoje preparando o futuro de muitas gerações.
        Lembrem-se! Vocês são instrumentos de uma Causa muito Maior a qual não vê fronteira e nem rótulos, mas, sim, a disposição que cada qual tem de servir a Lei de Aruanda.

          Os modismos passam e sempre passarão! Mas, a Umbanda permanecerá em toda sua plenitude, o que será visto pelos que tem olhos de ver e ouvidos para ouvir.
Patacori Ogum!
Ogum nhê!


Fonte:  UMBANDA - MITOS E REALIDADE

              Iassan Ayporê Pery

quarta-feira, 15 de junho de 2016

...Graças a Oxalá, a umbanda não é mais uma lamparina que afoga e imobiliza os que buscam a luz espiritual.

        A luz da verdadeira religiosidade está provisoriamente compartimentada na Terra. Iludem-se os filhos pelo falso brilho e, aprisionados nas religiões que praticam, consideram-se "salvos".

        Não são muito diferentes das mariposas atraídas cegamente pela luminosidade das lamparinas nas varandas da casa do sinhô. Facilmente se afogavam no azeite ou caíam ao solo pela oleosidade que paralisava suas delicadas asas, sendo rapidamente devoradas pelos répteis rastejantes ao longo da noite que nos encobria, escravos exaustos.

         Saibam que no passado de grande opressão aos cultos ancestrais, esta preta velha, triste, ficava sentada na entrada da senzala. Ao fundo, escutava gemidos provocados pela dor das chibatadas dirigidas aos dorsos nus dos negros "preguiçosos". Pensava que, se não houvesse perseguições religiosas e se cada um dos manos brancos procurasse o caminho mais desejável para apaziguar a ânsia espiritual que os afligia - não somente quando seus filhos ou eles mesmos adoeciam, ocasiões em que, sem jeito, às escondidas e com pouca modéstia, pediam cura aos intermediários dos orixás -, não haveria tanto conflito até os dias atuais.

     Religiões, doutrinas, crenças, cultos e ritos, raças, sexos, idiomas, riqueza e pobreza, saúde e doenças, alegrias e dores, todas as diferenças psíquicas e biológicas, as peculiaridades características das formas que animam as personalidades mortais, tudo isso nada mais é que ilusórios degraus, os quais devem ser superados a caminho da real escada evolutiva do espírito.

       Se hoje nos apresentamos como fomos ontem - eu, por _exemplo, com a aparência de uma preta velha, contando "causos" e descontraindo os ânimos -, é para chegarmos mais facilmente aos endurecidos corações da Terra. A umbanda despersonaliza legiões de espíritos e libera-os do apego às formas, uma vez que não importa qual é a entidade espiritual curvada diante de seu aparelho no terreiro, e sim sua essência missionária: fazer a caridade com Jesus.

    A umbanda molda-se à diversidade das consciências e é ativa, dinâmica, universalista e convergente em sua parte visível terrena, estável e firme no espaço oculto. Nessa abençoada "mistura", todos estão evoluindo.

       Graças a Oxalá, a umbanda não é mais uma lamparina que afoga e imobiliza os que buscam a luz espiritual.

Vovó Maria Conga

Fonte: RAMATIS A MISSÃO DA UMBANDA -
Obra mediúnica inspirada pelo espírito Ramatís ao médiumNorberto Peixoto

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Caridade

Por Mestre Obashanan

            O termo “caridade” vem do latim caritas (amor), de carus (caro, de alto valor, digno de apreço, de amor).
            Identifica-se hoje, frequentemente, a caridade com um afeto piegas que se traduz por gestos de assistência paternalista. O termo evoca, imediatamente, a ideia de esmola, tanto que a expressão “viver de caridade pública” significa viver de esmolas, no entanto, caridade é algo bem mais profundo.
            A Umbanda em seus primórdios cunhou a frase “Fé, Esperança e Caridade”. Fico ainda, com o que escreveu mestre Yapacani: “Pratique a caridade nem que seja por vaidade”.
            No ponto de um caboclo aprendemos: “Pedrinha do alto/Pedrinha de ouro/Pedrinha de Loango é…/3 Pedras vem lá do céu: Caridade, Esperança e Fé”, indica a benção que vem do alto na forma de justiça e igualdade para todos. Em outro ponto aprendemos: “Quando ele vem lá do Oriente/Vem com ordens de Oxalá/Sua missão é muito grande/É espalhar a CARIDADE/E seus filhos proteger”. Já ouvi muito dirigente umbandista contraditório dizer ser a caridade proibitiva na Umbanda. Nesse caso, o que devemos fazer? Mudamos o ponto ou entendermos o conceito?
            Etimologicamente, caridade sugere dom, preciosidade, intimidade; De fato, caridade é oblação, virtude, atitude de comunhão mais ainda é vida. Por isso mesmo comporta exigências e é objeto de preceito. Sua tradução como amor se identifica se este está despido de ambigüidades. Supera, em objeto e motivação, a filantropia. Relaciona-se proximamente à justiça enquanto estabelece ordem no que é coletivo impedindo que estas diferenças se cristalizem e se degenerem em CONFUSÃO (!).
            Coincide em grande parte com a Graça. Caridade é o amor desinteressado ao próximo e é justamente aí que falhamos pois o próximo nem sempre é interessante. Este fio tenebroso de pensamento é o que nos aproxima do egoísmo quando escolhemos a quem devemos praticar caridade. Caridade é, uma dileção sem predileção e por isso supera e não é filantropia, que é o amor à humanidade, e sendo esta uma abstração, é mais comum a quem não quer ter trabalho para praticá-la como deve ser praticada.
            Assim, como o próximo pode ser qualquer um, a caridade, é, em princípio, universal. É o que a distingue da amizade, que é inseparável da escolha ou da preferência, pois os amigos nós escolhemos, já os próximos não. Amar seus amigos não é amar qualquer um, nem amá-los de qualquer maneira: é simplesmente preferi-los numa escolha que, quando mal feita, pode levar à injustiça e à hipocrisia.
            A caridade tem por objeto apenas os indivíduos, em sua singularidade, em sua concretude, em sua fragilidade essencial. É amar qualquer um, mas na medida em que é qualquer um; é regozijar-se com a existencia do outro, seja o que ele for, mas tal como ele é.
            O que nos separa dele, esse outro tão distante, é o EU, que só sabe AMAR A SI (egoísmo) ou PARA SI (concupiscência). Já diziam os antigos que “Caridade bem ordenada para nós é começada”, mas costuma-se tomar o dito ao inverso de seu sentido.

E, finalmente, a caridade só começa, existe e tem sentido real e efetivo, quando cessamos de nos preferir.

Fonte: http://estrelaverde.org/web/2016/05/24/caridade/
Tempo da Estrela Verde